Velocidade para aprender

Se tem uma coisa que pode incentivar ou boicotar seu aprendizado é a pressa. Isso porque existe uma relação entre pressa e dedicação que muita gente ignora. E aí, acontece o que? Ficamos à mercê de expectativas que nem sempre se cumprem e nos frustramos. Nessa equação, muita gente simplesmente desiste. Mas essa certamente não é a saída. Saiba por quê.

“Vamos ao exemplo: quando estamos treinando o corpo, por exemplo, corrida, pode levar muito tempo até que você atinja a sua meta para 5 km ou 10 km. Respeitar esse tempo é preciso”. A frase é da Atleta de Alta Performance Fernanda Surian, que também é professora de Inglês. O que as duas profissões têm a ver? Entre outras características, o tempo para que o corpo, e a mente, possam assimilar o aprendizado.

Fernanda explica: “tem exercícios que levarão muito tempo porque há uma questão de resistência física, saúde e energia envolvidos, que, se for negligenciada, pode levar a lesões sérias e muita dor. E aí, mesmo com pressa de ter resultados melhores e algumas frustrações, com a orientação certa, seguimos em frente, sabendo que, com dedicação e consistência, chegaremos onde desejamos”.

Ela enfatiza que algo muito semelhante acontece com aprendizado de inglês: “quando queremos aprender uma língua nova, também temos pressa! Muitas vezes uma pressa que vai além da dedicação que estamos empregando”. Fernanda lembra que é preciso se perguntar: será que vale a pena ter tanta pressa se não conseguimos dedicar tempo suficiente de estudo? Estamos também estudando de maneira eficiente? “Ser sincero conosco é muito importante. É comum achar que estamos aprendendo devagar, que não saímos do lugar, porém, é necessário o conjunto de duas coisas: vontade e trabalho consistente por semanas ou meses”, enfatiza.

O grande segredo do aprendizado está em equalizar essas duas palavrinhas: tempo e dedicação. Para Fernanda, elas são diretamente relacionadas: “tem quem queira aprender meio que por osmose, sabe? Contrata um curso, um professor particular, compra livros, agenda aula e pronto, isso deve ser suficiente. Nem sempre. Na maioria das vezes, a aula é o ponto chave, fundamental para lembrar que existe a necessidade e a vontade de aprender, para indicar o que vai ser estudado naquele momento. Mas aí, o ingrediente especial é exatamente o tempo que o aluno vai dedicar àquele aprendizado”.

A professora e atleta resume: “a sua velocidade de aprendizado será diretamente proporcional ao tempo de dedicação e estudo. Não tem como fugir disso. Claro que existem características pessoais que temperam essa mistura, há quem aprenda com mais facilidade e, portanto, mais rápido, existem diferentes métodos e ferramentas que podem ser adaptadas, e eu faço isso muito com meus alunos – usamos o que mais funciona para cada um, de forma bem personalizada”.

“Isso ajuda, incentiva, dá um gás. Mas, no fim, o que vai importar mesmo é o quanto você se dispõe a aprender. Então, quer falar inglês (e isso vale para tudo na vida, tá)? Inclua o inglês cada vez mais no seu dia. Faça com que ele seja parte da sua rotina, seja seu maior incentivador. Se há pressa, coloque mais tempo. Os resultados vão aparecer, pode ter certeza”, finaliza.

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